13/04/2024

Genética privilegiada atrai arrematantes em leilão de ovinos com 100% de liquidez na ExpoLondrina

Por Daniela Calsavara
 
A genética privilegiada dos animais do leilão da Cabanha Cordeiro Medalha na Expolondrina está chamando a atenção e atraindo compradores: foram 34 lotes individuais, machos e fêmeas das raças Dorper e White Dorper do atual melhor criador expositor do Brasil. Pedro Henrique Tunes Ortiz, responsável pelo criatório em Rolândia, norte do Paraná, conta que esse momento é o auge desde o início da criação, há 10 anos. “A gente conquistou esse título agora na nacional de São José do Rio Preto e tem duas exposições que a gente vem mantendo como melhor criador expositor. O mais difícil agora é manter esse trabalho”, avalia.
 
Entre os animais leiloados, alguns já haviam sido premiados na Expolondrina e em outras feiras agropecuárias. “A gente faz apenas dois eventos presenciais por ano, um é na nacional da raça e um aqui na Expolondrina”, afirma Ortiz. Segundo ele, é a oportunidade tanto para quem está começando a criação quanto para quem quer melhorar a genética do rebanho. “Na Cabanha, a gente vende mais reprodutores, mas em leilão acaba vendendo mais fêmeas. É um evento com oportunidade única de adquirir fêmeas Cordeiro Medalha”, pontua o criador. 
 
Características da raça
O criador exalta as qualidades da raça pela precocidade, ganho de peso, conversão alimentar e resiliência. Os animais chamam atenção também pelo visual: brancos de cabeça preta. Para Pedro Ortiz, outro diferencial do Dorper é na carcaça. “É um animal mais compacto, porém, mais longo. Então, a qualidade de carne que está no carré, carne mais nobre, é mais avantajada”, diz.
 
Resultado
Com 100% de liquidez, o valor final arrecadado foi de R$ 640 mil e superou as expectativas do criador, que previa, numa média mais modesta, algo em torno de R$ 10 mil por animal. Em média, o valor final foi quase o dobro disso. Além do Paraná, compradores de São Paulo, Pernambuco, Brasília e Rio Grande do Sul arremataram os animais. “Todos os nossos animais têm um sangue já diferente. A gente trabalha as famílias e todos eles vão ser melhoradores genéticos”, finaliza Ortiz.

Fotografia Gustavo Carneiro